PASSOS DO SAMBA
ENTREVISTA DE PATRÍCIA PONTES
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Entrevista realizada no dia 22/07/2013 08:09 Via e-mail
Quanto tempo está no mundo do samba?
7 anos
Escola de coração?
Tenho muito respeito e carinho pela Estácio de Sá por ter me dado a primeira oportunidade dentro do mundo do samba, mas o meu coração hoje é insulano.
Samba enredo inesquecível?
O samba que mais mexe com o meu coração é “Domingo”, União da Ilha 1977.
O que o samba mudou na sua vida?
Aprendi que o impossível, é só questão de opinião. Uma bailarina clássica conseguiu ser passista e ter uma história feliz dentro do carnaval.
Uma musa inspiradora no mundo do samba?
Aldione Sena. Minha diva, meu exemplo, sou fã incondicional. Tive a honra de fazer parte do seu seleto time de passistas na Unidos de Vila Isabel em 2010 e a mesma me preparou para o concurso rainha do carnaval em 2011 onde fui finalista.
Como é sua preparação (corpo) para o carnaval?
Minha preparação acontece ao longo de todo o ano pois além da preocupação com o carnaval, priorizo também a saúde, bem estar e condicionamento físico. Treino diariamente com a ajuda do meu personal Rodrigo Duran, faço dieta balanceada e nos finais de semana priorizo os exercícios aeróbicos.
Já aconteceu alguma situação inusitada com você no samba? Conte-nos.
Tem duas situações que me marcaram. Uma foi no desfile de 2011 na Uniao da Ilha em que o meu sutiã quebrou assim que eu entrei na avenida e eu vim segurando o mesmo, sambando, cantando e sorrindo arrancando aplausos do publico mesmo passando por esta situação desagradável e a outra situação foi no ano passado em que a União da Ilha foi convidada para a abertura do Sambódromo de Campos e eu tive a oportunidade de vir a frente da bateria. Enquanto eu sambava sentia que tinha algo errado com o meu pé direito, mas a emoção era tanta que continuei sambando como se nada tivesse acontecido. Quando terminou e tirei a bota vi que meu pé estava todo rasgado, chegando a ficar com febre no outro dia e ter sido medicada com antibióticos pois o pé ficou inflamado.
Uma pergunta que você gostaria responder e nunca te perguntam?
Na verdade gostaria de ter mais oportunidade de divulgar o trabalho dos passistas, os nossos valores, amor pela agremiação, as dificuldades que passamos para conciliar todas as nossas atividades com as responsabilidades do samba e que não somos apenas “corpos” na avenida.
Como é a sensação de ser rainha de um bloco tão conceituado e cheio de história como o Cordão do Bola Preta?
O Cordão da Bola Preta faz parte da minha vida desde que me entendo por gente. É um amor de família, meu pai sempre me levou aos desfiles desde criança e eu tenho total adoração e respeito pela instituição. Faço parte da corte desde 2011 e a emoção é indescritível, algo que não consigo explicar. Só tenho a agradecer ao meu presidente Pedro Ernesto Marinho pela oportunidade e a todos os Bolapretenses pelo carinho e respeito de sempre. Aproveito para convidar a todos os leitores desse conceituado site para participar da nossa feijoada mensal que sempre acontece no primeiro sábado de cada mês e que é recheada de atrações variadas com grupos de pagodes e escolas de samba convidadas.
Um sonho que ainda quer realizar no mundo do samba?
Gostaria de atuar em algum projeto social em que eu pudesse levar a cultura do samba a crianças carentes.
Matéria & Entrevista de Diana Prado